Critério de Classificação Econômica no Brasil

Critério de Classificação Econômica no Brasil

É comum nos depararmos com declarações na imprensa sobre a classificação da população brasileira. Há uma grande confusão sobre classificação socioeconômica. Muitas vezes vemos classificar  determinadas pessoas como pertencentes da classe média e, em outras ocasiões como da classe C.

No Brasil, o critério de classificação econômica mais utilizado é o critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB), também conhecido como Critério Brasil. Esse critério é utilizado para categorizar os consumidores de acordo com sua renda e padrão de consumo, a fim de direcionar políticas públicas, segmentar o mercado e definir estratégias de marketing.

O CCEB classifica os consumidores em diferentes faixas de renda, com base na posse de bens e no nível educacional do chefe da família. As faixas de classificação vão desde a Classe A (a mais alta) até a Classe E (a mais baixa). Cada classe é subdividida em grupos, com letras ou números, para fins de análise mais detalhada.

É importante destacar que a classificação econômica pode variar ao longo do tempo, de acordo com fatores socioeconômicos e políticos.

Portanto, é fundamental considerar informações atualizadas e dados específicos de cada pesquisa ou estudo que utilize essa classificação.

Entenda como funciona o cálculo de classificação Econômica e como será a partir de 2013

De forma bem resumida, até 2013 a ABEP (Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa), era a responsável pela elaboração e classificação socioeconômica da população brasileira seguindo um esquema de pontuação derivada do consumo e da instrução do chefe de família. Essa classificação, em sua última revisão, era subdividida da seguinte maneira:

CLASSE	PONTOS
A1	42 – 46
A2	35 – 41
B1	29 – 34
B2	23 – 28
C1	18 – 22
C2	14 – 17
D	8 – 13
E	0 – 7

 

Veja abaixo como funcionava o cálculo

https://www.abep.org/criterioBr/01_cceb_2022.pdf

 

A ABPE adotará um novo critério para a definição das classes sociais no Brasil a partir de 2014. Ela representa a atividade de pesquisa de mercado, opinião e mídia do país. O conceito está no livro “Estratificação Socioeconômica e Consumo no Brasil”.

Verifique a classe socioeconômica de um domicílio e o consumo de uma família em relação à moradia e sua localidade geográfica, dado o número de moradores adultos e o de crianças e adolescentes neste link www.pesquisasocioeconomica.com.br.

Novo modelo de Estratificação Socioeconômica Brasileira

O governo junto à Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) estabelece novos critérios para a identificação da classe média brasileira e a define como o grupo composto por famílias com renda per capita entre R$ 300 e R$ 1 mil, o que representa um universo de aproximadamente 54% da população. Esta classificação foi subdividida em  três subgrupos.

Segundo a SAE, o principal critério observado foi o da vulnerabilidade, ou seja, a chance que a população tem de sofrer decréscimo na renda, e assim ser rebaixada de classe.

No Brasil, além do Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB), outras instituições e pesquisas realizam estratificações socioeconômicas com base em diferentes critérios e metodologias.

Alguns exemplos incluem a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Classificação Socioeconômica da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP).

Fontes:

• ABPE -Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa
• FEA USP – Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo
• SAE – Secretaria de Assuntos Estratégicos

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Elaboração: Flávio Estaiano – Economaster