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Renda Fixa: Saiba Como Investir
Renda Fixa: saiba tudo o que você precisa para começar a investir
Explore os Principais Produtos de Renda Fixa e Descubra o Melhor Investimento para Você
Os brasileiros têm um caso de amor com a renda fixa há décadas. Os altos juros asseguravam um bom retorno, e por isso, não era preciso procurar muito antes de decidir. Embora o cenário tenha mudado nos últimos anos com a queda da Selic, esses investimentos continuam entre as preferências. Faz sentido? Como, afinal, funciona a renda fixa?
Se você sempre apostou na renda fixa porque foi o que sempre fez, mas não sabe exatamente por quê, precisa ler este guia. Aqui, no Portal do Economaster, explicamos em detalhes essa grande categoria de investimentos, diferenciamos os produtos e mostramos como eles rendem. Ao final, você estará preparado para escolher a melhor opção para o seu caso.
O que é Renda Fixa e Como Funciona?
Rentabilidade garantida? Risco zero de perda? Você pode estar se perguntando o que é renda fixa. A resposta é simples: nos investimentos em renda fixa, o cálculo da remuneração é previamente definido e conhecido desde o momento da aplicação.
Entendendo a Renda Fixa
Quem compra um título de renda fixa “empresta” dinheiro para alguém e, em troca, espera receber o valor aplicado de volta no futuro acrescido de juros. As condições dessa transação, como prazos, taxas, índices de referência e detalhes quanto à negociação dos papéis, são acertadas desde o início.
Emissores de Títulos de Renda Fixa
Bancos, empresas e o próprio governo podem emitir títulos de renda fixa. O funcionamento geral dos papéis é parecido, independentemente da origem. É importante lembrar que renda fixa não significa retorno garantido. Esses investimentos também estão sujeitos a riscos, tanto de crédito quanto de mercado, e, em algumas situações, o valor de um papel pode variar tanto quanto uma ação.
Rendimento: CDI, Selic e TR
As condições de remuneração variam de papel para papel, de prazo para prazo, de emissor para emissor. Geralmente, esses investimentos seguem alguns indicadores de referência, como a Selic, o CDI e a TR.
Selic
A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central define a meta para a Selic periodicamente. Ela serve de referência para o governo remunerar os investidores que compram seus títulos de dívida e baliza todas as operações de crédito no país. Algumas aplicações, como a poupança e o Tesouro Selic, têm a Selic como referência direta de remuneração.
CDI
A taxa do CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro) representa a média dos juros das operações de empréstimo de curtíssimo prazo realizadas diariamente pelos bancos entre si. CDI e Selic caminham muito próximos. Aplicações de renda fixa como os Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) costumam oferecer um percentual do CDI como remuneração.
TR
A Taxa Referencial (TR) corrige o rendimento da poupança e é calculada a partir das médias das taxas dos CDBs prefixados emitidos por 30 instituições financeiras. Desde setembro de 2017, algumas mudanças na fórmula mantêm a TR em zero.
Tributação
Os investimentos em renda fixa seguem uma tabela regressiva de Imposto de Renda, com alíquotas que diminuem conforme o prazo do investimento. A alíquota mais alta é de 22,5% para aplicações mantidas por até seis meses. Para investimentos de seis meses a um ano, a alíquota cai para 20%. De um a dois anos, a alíquota é de 17,5%. A menor alíquota, de 15%, aplica-se a investimentos mantidos por dois anos ou mais.
Essa tabela vale para CDBs, fundos, debêntures e vários outros produtos de renda fixa. No entanto, algumas exceções e especificidades incluem:
– Alguns investimentos, como as letras de crédito imobiliário e agrícola (LCI e LCA), são isentos de Imposto de Renda.
– Fundos de renda fixa com carteiras de curto prazo (títulos com prazo médio de até 365 dias) são tributados com apenas duas alíquotas: 22,5% para investimentos mantidos por menos de seis meses e 20% para investimentos mantidos por mais tempo.
Diferença entre Renda Fixa e Variável
Nos investimentos de renda fixa, você conhece a remuneração desde o momento da aplicação. Em contraste, nos investimentos de renda variável, a rentabilidade é incerta. Quando você compra ações, por exemplo, há duas maneiras de ganhar na bolsa de valores: pela distribuição de dividendos das companhias emissoras e pela valorização dos papéis no pregão.
Embora analistas do mercado financeiro possam projetar ambas as formas de remuneração com base em análises de mercado e dos balanços da empresa emissora, nada assegura que o cenário projetado se confirmará. Não é possível ter certeza de qual será o ganho nos próximos seis meses ou um ano, nem mesmo se haverá ganho ou prejuízo.
Como Funciona a Remuneração da Renda Fixa?
O cálculo da rentabilidade dos investimentos de renda fixa pode seguir padrões diferentes, conforme o tipo de papel em análise. Existem três formas tradicionais de remuneração:
Papéis prefixados: Nestas aplicações, os juros são fixos e estabelecidos no momento do lançamento. Por isso, o investidor sabe exatamente quanto receberá no vencimento em reais.
Papéis pós-fixados: Aqui, a remuneração é atrelada a um indicador de referência (como a Selic ou a taxa do CDI), e o valor do título é atualizado com base nesse indicador. O investidor conhece o indicador de antemão, mas não sabe quanto receberá no vencimento em reais, já que a taxa pode variar ao longo do tempo.
Papéis híbridos: Estes papéis combinam características de aplicações pré e pós-fixadas. Uma parte da remuneração vem de juros fixos e outra parte está atrelada a um indicador que pode variar ao longo do tempo. Um exemplo clássico são os títulos atrelados à inflação, que pagam uma taxa prefixada mais a variação do IPCA ou outro índice de preços.
Principais Investimentos em Renda Fixa
A renda fixa é uma grande categoria de investimentos que reúne diversos tipos de produtos. Os principais são:
1. Títulos Públicos
Ao investir em títulos públicos, você empresta dinheiro para o governo fazer a máquina pública funcionar. Considerados os investimentos mais seguros, esses títulos são emitidos pelo governo, que também imprime o dinheiro do país. No Tesouro Direto, criado em 2002 para facilitar as aplicações das pessoas físicas, você encontra três tipos de papéis: prefixados (Tesouro Prefixado e Tesouro Prefixado com Juros Semestrais), pós-fixados (Tesouro Selic) e híbridos, atrelados à inflação (Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais). Investir em títulos públicos envolve taxas, como a de custódia paga à B3, e possivelmente uma taxa de administração cobrada por alguns bancos e corretoras. Na Rico, por exemplo, você pode investir no Tesouro Direto com taxa zero.
2. Poupança
A poupança é o investimento mais tradicional do Brasil. Milhões de pessoas guardam dinheiro na caderneta, cujas regras de funcionamento e de rentabilidade seguem diretrizes do governo. Não há taxas para aplicar na poupança, nem incidência de Imposto de Renda – os rendimentos são isentos. Desde 2012, a remuneração varia com a Selic. Se a Selic estiver acima de 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês mais a variação da TR. Se estiver igual ou abaixo disso, a rentabilidade é 70% da Selic mais a TR. A poupança é assegurada pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que devolve até R$ 250 mil por investidor em casos de insolvência da instituição financeira.
3. CDBs
Assim como o governo emite títulos públicos, os bancos lançam Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) no mercado. Os CDBs pós-fixados oferecem remuneração baseada em um índice de referência de renda fixa, normalmente a taxa do CDI. Alguns bancos oferecem rentabilidade baixa, como 70% do CDI, enquanto outros podem oferecer mais de 100% do CDI para atrair investidores. Os CDBs têm a cobertura do FGC, mas seus rendimentos são tributados pelo Imposto de Renda, seguindo a tabela regressiva (de 22,5% a 15%).
4. Debêntures
Debêntures são títulos de crédito emitidos por empresas e negociados no mercado de capitais, representando uma dívida com emissores diferentes do governo ou dos bancos. As empresas usam os recursos levantados com debêntures para financiar grandes projetos, como a construção de fábricas ou expansão internacional. Debêntures têm vencimentos longos, podendo chegar a cinco ou dez anos. Elas podem ter retornos prefixados, pós-fixados ou híbridos e são tributadas pela tabela regressiva do Imposto de Renda, exceto as debêntures incentivadas, usadas para obras de infraestrutura, que são isentas. Debêntures não são cobertas pelo FGC.
5. LCI e LCA
Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA) funcionam como CDBs, mas são emitidas por instituições financeiras com atividades de crédito relacionadas ao setor imobiliário ou do agronegócio. Elas também têm a cobertura do FGC. As letras de crédito pós-fixadas são comuns e oferecem remuneração ligeiramente abaixo dos CDBs devido à isenção de Imposto de Renda. Essa isenção torna LCIs e LCAs atraentes para alguns investidores, mesmo com uma rentabilidade menor.
6. CRI e CRA
Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e do Agronegócio (CRAs) são produtos financeiros mais complexos, envolvendo a securitização de direitos de crédito, como parcelas de financiamento imobiliário. Uma construtora, por exemplo, pode vender um CRI no mercado para obter dinheiro de uma vez, em vez de esperar o pagamento de um apartamento vendido parcelado. CRIs e CRAs pagam juros como remuneração e são isentos de Imposto de Renda, mas não possuem garantia do FGC.
Diferença entre Investir em Tesouro Selic, Fundo DI e CDB
Quer saber a diferença entre investir em Tesouro Selic, fundos DI e CDB? O título público Tesouro Selic, os fundos DI e a maioria dos CDBs são investimentos de renda fixa pós-fixados, mas eles apresentam algumas diferenças importantes.
Rentabilidade:
- Os títulos Tesouro Selic oferecem ao investidor a taxa Selic integral, exceto em raros casos quando ocorre um deságio.
- Os fundos DI aplicam nesses papéis, mas os gestores cobram uma taxa de administração pelo trabalho de selecionar os ativos e administrar os recursos, tornando praticamente impossível obter um retorno equivalente à Selic integral.
- Os CDBs pós-fixados oferecem como remuneração um percentual da Selic ou da taxa do CDI. Nos grandes bancos, esse percentual raramente chega a 100% – o mais provável é que fique mais próximo de 90% ou até 80% do CDI. Instituições financeiras menores costumam praticar taxas mais atrativas, que podem ser até superiores a 100%, para atrair investidores.
Segurança:
- O CDB é o único dos três que conta com cobertura do FGC.
- Mesmo sem esse benefício, o Tesouro Selic é considerado seguro, já que o risco de crédito do governo é baixo.
- Os fundos DI têm o patrimônio separado do das instituições financeiras. Assim, caso ocorra algum problema com o banco ou a corretora que os oferece, os recursos aplicados no fundo estarão seguros.
Ao escolher entre Tesouro Selic, fundos DI e CDB, considere esses fatores de rentabilidade e segurança para decidir qual é o melhor para seus objetivos financeiros.
Investir em Renda Fixa é Seguro?
Embora os investimentos de renda fixa sejam mais previsíveis que os de renda variável, eles não estão livres de riscos. O risco mais evidente é o risco de crédito, que envolve a possibilidade de perdas causadas pela incapacidade financeira da empresa emissora, ou seja, a chance de tomar um calote.
Todos os investimentos de renda fixa envolvem algum grau de risco de crédito. No entanto, você pode manejá-los escolhendo papéis emitidos por empresas com um rating elevado, que é a nota de risco de crédito atribuída por agências internacionais. Títulos com proteção do FGC também são considerados mais seguros, embora a garantia seja limitada a R$ 250 mil por investidor e por instituição financeira.
Outro risco presente nos investimentos de renda fixa é o risco de mercado, ou seja, o risco de que as condições do mercado afetem o valor dos papéis. Esse risco é mais alto nos ativos prefixados e se manifesta quando você quer ou precisa resgatar os recursos antes do vencimento.
Nessa situação, você precisa vender os papéis pelo valor atual de negociação no mercado, que pode ser mais alto ou mais baixo do que o valor registrado na época do investimento. Isso ocorre porque o rendimento acertado previamente vale apenas se a aplicação for mantida até o vencimento.
Risco de Mercado
O risco de mercado se torna evidente se a taxa básica de juros subir para um patamar acima do praticado na época do investimento. Quando isso acontece, os títulos antigos tendem a perder valor, pois quem vai se interessar por um papel que oferece uma taxa de juros mais baixa do que a vigente?
Um impacto semelhante ocorre com os títulos prefixados quando a inflação aumenta. Eles perdem valor no ajuste, já que seu retorno real, ao descontar o efeito da alta dos preços, se torna menos interessante.
Investimentos de renda fixa também podem estar sujeitos ao risco de liquidez, que é a dificuldade para converter uma aplicação em dinheiro vivo. Por exemplo, uma debênture pouco negociada no mercado tem um risco de liquidez maior do que um título público do Tesouro Direto.
Vantagens e Desvantagens de Investir em Renda Fixa
Ficou interessado nas aplicações de renda fixa? Elas oferecem várias vantagens que podem ser importantes para alguns investidores. Entre elas, a maior previsibilidade quanto ao comportamento dos papéis e os ganhos possíveis se destacam. Embora não estejam livres de riscos, como o nome “renda fixa” sugere, essas aplicações oferecem um horizonte mais claro sobre o que esperar.
Outra vantagem é a variedade de produtos disponíveis, cada um com características específicas e emissores diversos. Assim, você pode diversificar sua carteira, evitando concentrar demais os investimentos em poucas opções.
Por outro lado, uma das principais desvantagens da renda fixa é que os ganhos são estáveis até demais. Há menos chances de obter um retorno elevado rapidamente, como é comum no mercado de renda variável. Na verdade, com os juros em queda nos últimos anos, a rentabilidade dos papéis de renda fixa está se tornando cada vez menos atrativa.
Além disso, embora exista uma grande variedade de opções, alguns investimentos de renda fixa podem exigir aplicações iniciais elevadas, dificultando o acesso dos pequenos investidores.
Consulte um Economista Especialista!
Investir seu dinheiro é uma decisão importante que exige planejamento e conhecimento.
Por isso, lembre-se: consulte um Economista especialista em finanças para obter orientação personalizada!
Um Economista experiente te ajudará a:
- Definir seus objetivos: O que você deseja alcançar com seus investimentos? Uma renda extra, a realização de um sonho ou a construção de um futuro mais tranquilo?
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- Escolher os melhores investimentos: O mercado financeiro oferece diversas opções de investimentos, como ações, renda fixa, fundos de investimento e Tesouro Direto. Um Economista te ajudará a escolher os investimentos mais adequados aos seus objetivos e perfil.
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Investir com um Economista especialista te dará mais segurança, tranquilidade e chances de sucesso!
Lembre-se:
- Não existe investimento sem risco. Antes de tomar qualquer decisão, é fundamental que você esteja ciente dos riscos envolvidos.
- Diversifique seus investimentos. Não coloque todo o seu dinheiro em um único tipo de ativo.
- Busque orientação profissional. Um Economista especialista em finanças pode te ajudar a tomar decisões mais assertivas e alcançar seus objetivos financeiros.
Invista com inteligência e segurança! Consulte um Economista especialista hoje mesmo!
Elaboração: Flávio Estaiano – Economista.
Aliás, espero que tenha gostado deste Guia de Investimentos em Renda Fixa do Portal do Economaster.
Até a próxima!
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Elaboração: Flávio Estaiano – Economaster